segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A DEPRESSÃO - FORMAS DE LIDAR

Como lidar com a depressão?

Primeiro que tudo: a depressão é tratável!

Envolve-te com as pessoas

• Telefona a um amigo, ou a alguém com quem queiras estabelecer laços mais fortes e conversa com ele um bocadinho, ou então combina um café.
• Telefona ou escreve a um familiar ou velho amigo com quem não estejas muitas vezes
• Vai para sítios onde as pessoas estão: jogos desportivos, actividades de grupos - teatro, coro, associações, juventudes políticas, religiosas, vai à piscina ou até à mercearia.
• Propõe-te para voluntariado
• Encontra alguém a quem possas fazer um favor: um vizinho idoso que precise de compras ou um amigo que te tenha pedido uns apontamentos.
• Pede um favor a alguém: é tão bom receber favores como fazê-los aos outros!
• Expressa a tua zanga, mas de uma forma não-ameaçadora para os outros. Eles vão escutar-te melhor, e provavelmente vais sentir-te mais calmo com isso.

Mima-te

• Ouve o teu CD preferido ou relê o teu livro favorito
• Come a tua comida favorita
• Vai fazer uma massagem ou sauna
• Vai ver um filme que queiras ir ver
• Compra alguma coisa que queiras
• Dá um passeio para fora de Lisboa

Cuida do teu corpo

• Tenta comer mais fruta e vegetais e mais farináceos
• Reduz o álcool e cannabis. São substâncias com efeito depressor a curto prazo, aumentando a intensidade dos teus sintomas.
• Faz exercício físico, de preferência diário. Sabemos que é a última coisa que te apetece fazer, mas é das mais eficazes.
• Dorme e descansa mas não exageres. 6 a 8 horas por dia é suficiente.
• Evita dormir durante o dia. Quanto mais o teu padrão de sono fica desregulado, mais deprimido te sentes.
• Não fiques acordado na cama mais de 20 minutos. Se vês que não estás a conseguir adormecer sai do quarto e faz qualquer coisa que te relaxe: vê televisão, lê (um livro que já tenhas lido), medita… mesmo que não tenhas sono, estás a descansar. E na manhã seguinte acorda à hora habitual, para facilitar o trabalho de dormir bem na próxima noite.
• É provável que não te apeteça ter relações sexuais. Não precisas de “fazer fretes”. Explica isso ao teu parceiro, e faz-lhe ver que continuas interessado nele e em partilhar outras coisas com ele até te sentires melhor. Normalmente os outros aceitam melhor os nossos comportamentos quando percebem que não são rejeitantes mas fruto de dificuldades nossas no presente.

Dá uma vista de olhos ao lado positivo das coisas

• Faz uma lista das coisas boas que te aconteceram na tua vida
• Faz uma lista das tuas qualidades
• Faz a ti próprio afirmações racionais, encorajadoras (que cortem com o padrão habitual de irracionalidades e desencorajamentos), por ex: “hoje estou em baixo, mas sei, de experiência própria que vai passar e que me hei-de sentir bem novamente”“todos os seres humanos têm sentimentos como estes; não tenho de fazer com que uma coisa temporária arruíne uma série de outras coisas que já consegui ou que quero vir a atingir: vou esperar”
• tenta identificar exactamente qual é o problema e pensa em ideias para lidar (lidar é diferente de solucionar!) com ele.
• Estrutura o teu dia. Determina pequenos objectivos diários e mantêm-nos
• Planeia o divertimento e prazer de cada dia. De preferência actividades em que tenhas de estar assim mesmo, activo! (em que gastes alguma energia).

Acalma-te

• Utiliza as tuas técnicas de relaxamento e aprecia as sensações que vão ocorrendo
• Fantasia sobre alguns acontecimentos do passado ou que esperas no futuro
• Age como se te sentisses bem (não-deprimido): sorri, coloca energia na forma como andas, põe uma expressão interessada e alerta, fala alegremente com as pessoas que encontras, assobia, enfim, finge. É muito frequente que, ao agirmos como se nos sentíssemos bem, começamos, de facto, a sentirmo-nos bem.
• Permite-te sentir o que sentes. Se precisares de chorar, chora. Se estás zangado, encontra formas seguras de expressar a zanga.

Procura ajuda

Se depois de experimentares uma série de alternativas de solução continuares a sentir-te deprimido, procura ajuda junto de um profissional. É sempre mais difícil combater a depressão sozinho, sobretudo se, ao estarmos deprimidos, já nos estamos a sentir sós e sem “soluções”. As sessões com um técnico de saúde mental vão certamente ajudar-te a lidar com a tua depressão.
Um último comentário:
A ajuda existe e sob várias formas, com muito sucesso. Tudo o que é preciso é dar o primeiro passo nesse sentido uma vez que cada um de nós, adultos, somos os únicos responsáveis pela nossa saúde e bem-estar. Ler sobre depressão não nos faz sentir melhor. É preciso agir.
Se um caminho não está a funcionar, tenta mais um pouco. Não é de um momento para o outro que conseguimos mudar padrões de funcionamento, depois de meses ou anos habituados a pensar, sentir e agir de forma deprimida. Se depois de tentares mais uma vez esse caminho, continuares sem sentir resultados, procura uma nova alternativa de solução. Boa sorte e bom trabalho a Deprimir a tua Depressão

Ajudar alguém com depressão

Uma vez que as pessoas deprimidas estão de certa forma afastadas, letárgicas, com preocupações que guardam só para elas, e possivelmente suicidas, um amigo interessado pode dar um contributo valioso. Falar com sinceridade e clareza com o nosso amigo deprimido sobre o facto de estarmos preocupados com ele e com o seu bem estar frequentemente ajuda-lo-á a confiar-nos os seus problemas.
Seguem-se algumas ideias sobre formas de ajudar:
• Esclarece o teu amigo que estás preocupado com ele e que queres mesmo ajuda-lo.
• Não digas que sabes como ele se está a sentir. Não sabes de facto e isso pode fazer com que se sinta incompreendido (não é esse o nosso objectivo)
• Não digas que sentes o mesmo.
• Não tentes “anima-lo”
• Tenta não te zangar. Mune-te de paciência e mostra-te apoiante
• Não critiques nem o envergonhes, porque isso já ele está a fazer sozinho (tais pensamentos são sintomas da depressão) e se funcionasse não estaria deprimido.
• Encoraja a pessoa a procurar ajuda se os sintomas persistirem e interferirem com o funcionamento dela no dia-a-dia e/ou se a pessoa falar de suicídio como uma possibilidade de solução. Se sentires que ele resiste e que há probabilidade de tentativa de suicídio (podes perguntar ao teu amigo directamente se ele está a pensar fazê-lo. Ao contrário do que se pensa as pessoas costumam ser honestas e revelar as suas intenções a este respeito) procura tu ajuda junto de um psicoterapeuta por forma a aprender a melhor lidar com a situação.

A DEPRESSÃO

CAUSAS E SINTOMAS

Introdução

A depressão é um humor negativo, persistente e prolongado que interfere com vários aspectos da vida. É caracterizada por sentimentos de tristeza, desvalorização pessoal, culpa, solidão e desesperança. Pode também estar presente ideação suicida. Todos tivemos períodos destes, em que nos sentimos “em baixo”, tristes, desmotivados. Tais sentimentos fazem parte normal e esperada da experiência de sermos humanos. Porém, a depressão que se torna intensa ou que se prolonga há demasiado tempo pode constituir uma forma de depressão mais disfuncional. Este tipo de depressão precisa muitas vezes de uma abordagem directa para que possa evoluir e desaparecer.
Neste artigo vamos tentar familiarizar-te com o que é a depressão, o que a pode causar, quais os seus sintomas e algumas formas de começar a lidar com ela, quer na primeira pessoa, quer quando queremos ajudar algum amigo nosso.

Causas

A depressão resulta frequentemente de acontecimentos de vida infelizes e que envolvam perda, tais como a morte de um ente querido. Quando a fonte de depressão é evidente para o indivíduo, ele pode esperar com algum grau de certeza que ela seja moderada e desapareça gradualmente. No entanto, quando não existe uma fonte visível, a depressão pode piorar, uma vez que a pessoa não consegue entender o porquê dos seus sentimentos. A sensação de perda de controlo agrava os sentimentos depressivos.
Muitos stressores (fontes de stress) podem estar envolvidos na depressão. Podem incluir factores pessoais, ambientais ou bioquímicos.
Alguns exemplos de causas de depressão:
• Perda significativa
• Perda de relação significativa
• Perda de controlo sobre o meio envolvente; (o indivíduo sente que nada pode fazer para alterar o estado de coisas na sua vida)
• Expectativas irrealistas
• Desapontamento/ frustração
• Falha pessoal (percebida)
• Padrões de pensamento negativos e/ou auto-destrutivos
• Dificuldades de adaptação à faculdade
• Dificuldade de estabelecimento de novas relações
• Conflito parental
• Dificuldades académicas
• Problemas financeiros
• Consumo de álcool/ drogas

Já agora, a depressão não é causada por preguiça, fraqueza, falha de carácter ou falta de força de vontade. Aliás, a maior parte dos deprimidos são pessoas com altíssimos padrões de exigência pessoais o que constitui, isso sim, um dos agravantes dos seus sentimentos de depressão.

Sintomas da depressão

Sintomas emocionais

• Tristeza (maior parte do dia, quase diária)
• Ansiedade
• Culpa
• Raiva
• Alterações súbitas de humor
• Sensação de que nada nem ninguém nos pode ajudar
• Falta de esperança
• Falta de prazer ou interesse pelas actividades diárias
• Perda de sensação de afecto dirigido a amigos e familiares
• Irritabilidade, queixas sobre assuntos que antes não preocupavam
• Insatisfação com a vida em geral

Sintomas físicos

• Mudanças no padrão de sono (insónia ou hipersónia)
• Comer de mais ou de menos
• Alterações de peso (5% ou mais)
• Irregularidades no ciclo menstrual
• Perda de desejo sexual
• Perda de energia, fadiga crónica
• Dores de cabeça, costas ou outras sem explicação aparente
• Problemas digestivos tais como dores de estômago, enjoo, má digestão e/ ou mudanças nos hábitos intestinais

Sintomas comportamentais

• Chorar sem razão aparente ou no outro extremo, falta de resposta emocional às situações
• Evitar as outras pessoas
• Evitar novas situações
• Ataques de zanga
• Desmotivação para estabelecer ou lutar por objectivos
• Perda de interesse pela aparência física pessoal
• Perda de interesse pelas actividades outrora consideradas interessantes
• Consumir drogas e álcool
• Capacidade diminuída ao lidar com as tarefas diárias
• Diminuição da capacidade de atenção, concentração, memorização, decisão, clareza

Pensamentos / percepções que se tornam auto-destrutivos

• Achar-se falhado
• Auto-crítica frequente
• Desapontamento
• Falta de esperança, de não ser possível ser-se ajudado
• Culpabilização por acontecimentos negativos
• Pessimismo relativo ao futuro
• Ideação suicida

Alcoolismo

O alcoolismo resulta do abuso de bebidas alcoólicas, que podem ser bebidas fermentadas, como o vinho, a cerveja, a cidra, etc., ou bebidas destiladas, como a aguardente, os licores, os aperitivos, etc.

No decorrer da digestão, o álcool não experimenta nenhuma transformação. Atravessa a mucosa intestinal e passa, tal e qual, para o sangue da veia porta hepática. O excesso de álcool no sangue provoca o alcoolismo que pode ser ocasional ou crónico.

A seguir à ingestão de uma bebida alcoólica, o sangue e, por conseguinte, quase todos os órgãos são mais ou menos impregnados de álcool. Esta impregnação pode ser medida pela alcoolemia, isto é, o número de gramas de álcool por litro de sangue.

Em jejum, a absorção do álcool é rápida e a alcoolemia atinge rapidamente um valor elevado. Bebido com a refeição, o álcool mistura-se com os alimentos, sendo absorvido mais lentamente, e a alcoolemia é mais baixa. Bebido em jejum (por exemplo, um aperitivo), o álcool é mais nocivo do que quando acompanha uma refeição.

Podemos distinguir duas formas de alcoolismo: o alcoolismo agudo ou embriaguez e o alcoolismo crónico ou etilismo. Esta última forma é mais discreta, mas também mais vulgar. É a forma mais perigosa de intoxicação alcoólica e uma das maiores causas de decadência física e psíquica.

O alcoolismo agudo ou embriaguez é consequência do consumo ocasional de grande quantidade de bebidas alcoólicas. A elevação rápida da taxa de álcool no sangue desencadeia alterações no comportamento cuja importância varia conforme os indivíduos (uns têm um "vinho alegre", outros um "vinho triste") e a taxa de alcoolemia atingida. As alterações observadas são sempre devidas à acção directa do álcool nos diferentes centros do encéfalo. Quando a alcoolemia ultrapassa os 3,4 g/l, ocorre o coma alcoólico, que pode terminar na morte.

O alcoolismo crónico, embora resulte de uma repetição muito frequente da embriaguez, está presente na generalidade dos consumidores que bebem diariamente uma quantidade de álcool superior àquela que o organismo pode tolerar. A natureza da bebida tem pouco significado, o que conta é a quantidade de álcool ingerido e a duração da intoxicação.

Numerosos órgãos são atingidos pela acção do álcool: coração, vasos sanguíneos, pulmões, tubo digestivo, glândulas endócrinas, sistema nervoso, etc. O fígado e o cérebro são os órgãos mais sensíveis à intoxicação alcoólica e a sua alteração é causa de numerosas mortes, cujo número permite avaliar o grau de alcoolismo de uma população.

O alcoolismo é uma verdadeira doença, caracterizada pela dependência do indivíduo relativamente ao álcool. Começa por um consumo "normal" de álcool mas, pouco a pouco, por razões psicológicas ou sociais (condições de trabalho, "código de boas maneiras" a respeitar, falta de vontade, facilidade em adquirir bebidas alcoólicas, etc.), o álcool torna-se uma verdadeira droga. O bebedor torna-se "escravo" da bebida. Para manter um comportamento normal tem necessidade de uma certa quantidade de álcool no sangue. A tolerância do seu organismo aumenta, a sua necessidade cresce progressivamente e aparecem perturbações graves no caso de uma paragem abrupta da bebida.

O álcool é o instrumento do alcoolismo mas não a causa da doença. Isto porque o tratamento do doente não consiste unicamente em deixar de beber e fazê-lo perder o gosto pelo álcool, mas também em procurar as motivações profundas que estão na origem desse abuso de bebidas alcoólicas. É impossível curar um alcoólico se ele não quiser.

sábado, 12 de dezembro de 2009

GRIPE A (H1N1)

1. O que é o novo vírus da Gripe A(H1N1)v?

O novo vírus da Gripe A(H1N1)v, que apareceu recentemente, é um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos. Este novo subtipo contém genes das variantes humana, aviária e suína do vírus da gripe e apresenta uma combinação nunca antes observada em todo o Mundo. Em contraste com o vírus típico da gripe suína, este novo vírus da Gripe A(H1N1)v é transmissível entre os seres humanos.

2. Quais os sintomas da doença pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v?

Os sintomas de infecção pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v nos seres humanos são normalmente semelhantes aos provocados pela gripe sazonal:
•Febre (manifesta-se subitamente, com valores de temperatura acima dos 38 graus)
•Tosse
•Congestão nasal
•Dor de garganta
•Dores musculares
•Dor de cabeça
•Calafrios
•Fadiga
•Vómitos e/ou diarreia (geralmente não se manifestam na gripe sazonal)

Em alguns casos, podem surgir complicações graves em pessoas saudáveis que tenham contraído a infecção.

3. Como se infectam as pessoas com o novo vírus da Gripe A(H1N1)v?

O modo de transmissão do novo vírus da Gripe A(H1N1)v é idêntico ao da gripe sazonal. O vírus transmite-se de pessoa para pessoa através de gotículas libertadas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco.
O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada - por exemplo, através do contacto com maçanetas das portas, superfícies de utilização pública, etc.
Os estudos demonstram que o vírus da gripe pode sobreviver durante várias horas (2 a 8 horas)nas superfícies e, por isso, é importante mantê-las limpas, utilizando os produtos domésticos habituais de limpeza e desinfecção.

4. Qual é o período de incubação da doença?

O período de incubação da Gripe A(H1N1)v, ou seja, o tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas, pode variar entre 1 e 7dias.

5. Durante quanto tempo uma pessoa infectada pode transmitir o vírus a outras?

Os doentes podem infectar (contagiar) outras pessoas por um período até 7 dias, a que se chama período de transmissibilidade. É prudente, contudo, considerar que um doente mantém a capacidade de infectar outras pessoas durante todo o tempo em que manifestar sintomas.

6. A doença pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v pode ser tratada?

O novo vírus da gripe é sensível aos medicamentos antivirais oseltamivir e zanamivir.

7. Qual a melhor forma de evitar a disseminação do vírus, no caso de estar doente?

•Limite o contacto com outras pessoas, tanto quanto possível
•Mantenha-se em casa durante sete dias, ou até que os sintomas desapareçam, caso estes perdurem.
•Cubra a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, usando um lenço de papel. Nunca com as mãos!
•Utilize lenços de papel uma única vez e coloque-os de imediato no lixo.
•Lave frequentemente as mãos com água e sabão, em especial após tossir ou espirrar.
•Pode usar toalhetes descartáveis com soluções alcoólicas.

8. Qual é a melhor técnica de lavagem das mãos?

Lavar as mãos frequentemente ajuda a evitar o contágio por vírus da gripe e por outros germes. Recomenda-se que use sabão e água, pelo menos durante 20 segundos. Quando tal não for possível, podem ser usados toalhetes descartáveis, soluções e gel de base alcoólica, que se adquirem nas farmácias e nos supermercados. Se utilizar um gel, esfregue as mãos até secarem e não use água.

9. Existe alguma vacina contra o vírus da Gripe A(H1N1)v?

Já existe uma vacina que protege as pessoas contra o vírus da Gripe A(H1N1)v, mas neste momento está disponivel apenas para grupos prioritários/ doentes de risco.

10. Estamos perante uma nova pandemia de gripe?

Uma pandemia de gripe é uma epidemia à escala mundial, provocada por um novo vírus da gripe que infecta uma grande parte da população. No século XX, houve três pandemias deste tipo: em 1918, 1957 e 1968. Em Portugal e nos outros países da Europa foram desenvolvidos, nos anos mais recentes, esforços consideráveis de preparação para uma pandemia, sendo que todos os Estados Membros da União Europeia têm planos de contingência nacionais.
Em 11 de Junho de 2009, a Organização Mundial de Saúde elevou para 6 o nível de alerta de pandemia. Esta alteração da Fase 5 para Fase 6 não está relacionada com o aumento da gravidade clínica da doença, mas sim com o crescimento do número de casos de doença e com a sua dispersão a nível mundial.

Fonte:
http://www.portaldasaude.pt/portal

domingo, 12 de julho de 2009

Acidente Vascular Cerebral

O Acidente vascular cerebral (AVC), denominado vulgarmente de “derrame cerebral”, é caracterizado pela perda rápida da função neurológica, provocado por um entupimento ou rompimento dos vasos cerebrais.

Como prevenir a primeira vez

O importante é ter um estilo de vida saudável:

- com exercício físico regular;
- uma alimentação equilibrada, com pouco sal, açúcares e gorduras saturadas;
- manter um peso adequado;
- consumir álcool apenas de forma ligeira;
- não fumar

Procurar o seu enfermeiro e médico de família para vigiar e controlar regularmente:

- Tensão arterial;
- Diabetes;
- Colesterol;
- Ritmo cardíaco, com a realização de electrocardiograma


Principais Sintomas que precedem o AVC


- Dor de cabeça intensa e súbita sem causa aparente
- Dormência nos braços e nas pernas
- Dificuldade de falar e perda de equilíbrio
- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna do lado esquerdo ou direito do corpo
- Sensação de formigueiro na face, braço ou perna de um lado do corpo
- Perda súbita de visão em um olho ou nos dois
- Dificuldade de falar ou compreender a linguagem
- Vertigens associado a vontade de vomitar ou vómitos

O que fazer?

Se um familiar ou amigo sofrer um AVC fica com:

- Boca ao lado,
- menos força num braço,
- dificuldade em falar ou ver para um dos lados

Deite-o de lado, certifique-se que respire bem e ligue imediatamente para os Bombeiros ou 112.


Reabilitação

Após o AVC ocorrer há um árduo trabalho de reabilitação que inclui a parte motora (fisioterapia), terapia da fala, terapia ocupacional, de forma a voltar a ter uma vida como a que tinha antes do AVC.
O doente com AVC não pode ficar numa cama ou numa cadeira. Antes pelo contrário, deve ser estimulado para reintegrar a vida familiar, social e profissional, ainda que com limitações. De forma a adaptar-se, pode ser necessário, por exemplo, adaptar a casa de banho; mudar o quarto de dormir para um piso sem escadas, de fácil acesso; passar a usar calçado que aperte com velcro, em vez de cordões; vestir calças com elástico na cintura, em vez de fecho; vestir camisas com molas, em vez de botões.


Como prevenir a recorrência

- Seguir os cuidados acima referidos
- Tomar a medicação conforme prescrita pelo seu médico

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mês de Maio - Mês do Coração

Factores de risco cardiovascular

Existem dois tipos de factores de risco cardiovascular, nomeadamente um conjunto de factores individuais sobre os quais se pode influir e modificar e um conjunto de factores não-modificáveis, que também podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Entre os principais factores individuais de risco cardiovascular, encontram-se:
- tabaco
- sedentarismo
- stress
- obesidade e excesso de peso
- hipertensão arterial
- colesterol elevado
- síndrome metabólica

Existem contudo outros factores, fora do alcance da pessoa, que contribuem significativamente para um maior risco cardiovascular. Entre os factores não-modificáveis, encontram-se a idade avançada, o género masculino ou a história familiar. A combinação de parte destes factores de risco tem um efeito exponencial sobre o risco cardiovascular.

Dos factores de risco à doença cardiovascular:

A longo prazo, a acção dos factores de risco cardiovasculares pode resultar em aterosclerose – um processo de transformações patológicas na parte interior dos vasos sanguíneos que diminui drasticamente o seu diâmetro interno. A aterosclerose pode manifestar-se de diversas formas e pode inclusivamente afectar as artérias e veias em diferentes partes do corpo (seja no coração, cérebro, rins ou pernas, e mesmo nas válvulas cardíacas).
Pode levar anos ou décadas, até que a aterosclerose seja detectável em resultados clínicos. Daí a importância em reconhecer os factores de risco cedo, para que se possa agir sobre os mesmos em tempo útil. Minimizá-los pode prevenir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pé Diabético e seus cuidados

O açúcar elevado no sangue (hiperglicemia) pode afectar os nervos dos pés e os vasos que levam o sangue para os pés.
Consequentemente, a lesão dos nervos provoca uma perda lenta da sensação de posição, de pressão, de dor e de temperatura e a pele torna-se mais seca, sem transpiração, mais grossa e sujeita ao aparecimento de fissuras.
E assim, pode aparecer uma ferida sem que a pessoa se aperceba, porque não dói.
Andando sobre ela, pode levar a consequências desastrosas.
Os vasos que levam o sangue para os pés ao estarem afectados pela hiperglicemia provocam dor nas pernas ou nos pés durante a marcha e os pés apresentam-se frios, pálidos, com a má circulação.
As feridas que aparecem nos pés, sem sensibilidade e com circulação de sangue deficiente (pés diabéticos) infectam facilmente e são difíceis de tratar.


Os Cuidados do Pé Diabético


1. Observe diariamente os seus pés e a planta, o calcanhar e os espaços entre os dedos e veja se encontra diferenças de cor de pele, bolhas, fissuras, calosidades e inchaços. Se não lhe é possível fazê-lo, por dificuldade na posição, use um espelho e se tem dificuldade de visão peça auxílio a outra pessoa.


2. Lave os pés todos os dias, durante 2 ou 3 minutos, usando sabonete neutro e água tépida (verifique sempre a temperatura da água) e não os “ponha de molho”. Seque-os muito bem, em particular nas zonas entre os dedos. Aplique um creme hidratante na planta e no dorso, (não entre os dedos), massajando bem.


3. Use uma lima de cartão para desgastar as unhas, movimentando-a em linha recta de um lado para o outro.


4. Use sempre sapatos com meias, mesmo no Verão.


5. Use meias de fibras naturais, como a lã ou o algodão, sem costuras e que não apertem demasiados as pernas.


6. Não ande descalço, de forma a diminuir o risco de lesões.


7. Não aqueça os pés com bolsas de água quente, nem aproxime os pés de aquecedores, lareiras ou outras fontes de calor.


8. Antes de calçar os sapatos, verifique com a mão, se não há qualquer objecto dentro deles.


9. Use sapatos confortáveis, adaptados ao seu pé, de forma que não haja zonas apertadas ou em que se exerça pressão excessiva. Os sapatos fechados protegem mais os pés, quer de “batidas” quer de pedras ou areias.


10. Não use calicidas, álcool, iodo ou produtos irritantes para cuidar dos pés.


11. Nas calosiadades pode usar pedra pomes de forma suave, mas não use limas, lixas ou objectos de corte, que possam irritar a pele.


12. Não fume, o cigarro prejudica a circulação sanguínea.


13. Consulte um Podologista regularmente de forma a prevenir qualquer tipo de alteração patológica.

E porque nunca é demais lembrar...
A pele dos diabéticos necessita de atenção redobrada.
A prevenção é o melhor tratamento, especialmente se é diabético.


Fonte:

SMELTZER, Suzanne; BARE, Brenda G. – Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9ª ed., vol.2. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002.