quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A Segurança do seu Bebé

Os acidentes com crianças podem ser evitados... e quem os pode evitar são os adultos: somos Nós!”

APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil), 2003



COMO PREVENIR:



Acidentes Rodoviários



  • Deve evitar transportar o bebé sobre o banco do carro ou no colo;

  • Manter o bebé na cadeira de transporte, afastado de um carro estacionado;

  • Transportar o bebé em cadeira homologada, virada para trás. Se transportada no banco da frente, desactivar o airbag.


Asfixia

  • A chupeta deve ser de uma só peça e não deve estar presa com um fio à volta do pescoço;

  • Durante o banho, deve estar sempre ao lado do bebé;

  • Evitar alimentar o bebé com doces duros, nozes, alimentos com caroços ou sementes;

  • Evitar colocar almofadas, brinquedos, laços ou fitas no berço do bebé;

  • Evitar dormir na cama com o bebé;

  • Manter objectos pequenos (diâmetro inferior a uma moeda de 2 euros) fora do alcance do bebé;

  • Manter sacos de plástico fora do alcance do bebé;

  • Retirar o biberão e babete na hora de dormir;

  • Utilizar colchão duro, resguardos próprios e não entalar a roupa debaixo do colchão.


Intoxicação

  • Certificar-se que a tinta dos móveis ou dos brinquedos não contêm chumbo;

  • Colocar as substâncias tóxicas numa prateleira alta ou armário fechado;
  • Não guardar substâncias tóxicas em recipientes de alimentos;
  • Rejeitar recipientes usados de sustâncias venenosas ou tóxicas.




Lesão Corporal



  • Evitar brinquedos que tenham partes pontiagudas. Opte por brinquedos com bordas lisas e arredondadas. Verifique regularmente o estado de conservação dos brinquedos;
  • Manter alfinetes de ama fechados e longe do bebé;
  • Manter o berço posicionado longe de outros móveis e janelas;
  • Proteger o bebé de animais;
  • Proteger os cantos dos móveis e afastar objectos grandes (jarrões, candeeiros) que podem cair sobre o bebé;
  • Utilizar chávenas e pratos de plástico. Optar por colher em vez de um garfo.






Quedas


  • Evitar utilizar o voador;
  • Manter as grades do berço totalmente elevadas (altura das grades nunca inferior a 60 cm);
  • No carrinho de passeio prenda sempre o bebé com o cinto e trave o carrinho quando este estiver parado;
  • Nunca deixe a criança sozinha numa superfície alta (cama, mesa, sofá). Em caso de necessidade deixá-la no chão;
  • Se tem escadas, deve colocar cancelas no primeiro e no último degrau.



Queimaduras
  • Manter o bebé afastado de fontes de calor como lareira, fogão, aquecedor;

  • Não deixar o bebé fechado num carro, mesmo à sombra;
  • Não manipular líquidos/alimentos/objectos quentes próximo do bebé;
  • Proteger o bebé da exposição solar;
  • Proteger tomadas eléctricas com tampas de plástico;
  • Verificar a temperatura da água do banho com termómetro, dorso da mão ou cotovelo;
  • Verificar a temperatura do leite no pulso (depois de aquecido no microondas o biberão pode estar morno e o leite a ferver );
  • Verificar o calor da cadeira de transporte antes de sentar o bebé.




    Para manter um AMBIENTE SEGURO, não é preciso complicar nem gastar muito dinheiro.
    Se respeitar algumas REGRAS SIMPLES consegue evitar a maior parte dos acidentes com o seu Bebé.

Não se esqueça!
É importante respeitar a liberdade de movimentos do seu Bebé, para que este tenha um desenvolvimento psicomotor saudável.





Contactos SOS


  • Centro de Informação Antivenenos (Centro de Intoxicações): 808 250 143

  • Saúde 24 / Dói-dói, trim-trim: 808 242 400

  • APSI: 218 870 161

  • SOS - Criança: 800 202 651 - 217 931 617

Fonte:
Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2003. http:// www.apsi.org.pt

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Febre e Tosse nas Crianças

Febre
A temperatura corporal normal varia entre os 36ºC e 37ºC, a febre é um aumento da temperatura corporal superior a 37, 5ºC e pode ser uma reacção do organismo contra uma infecção. Maioritariamente, a febre é um sintoma de infecções com origem viral (1).
A febre é um mecanismo corporal para combater as infecções. Assim, se a baixar mal comece a subir, deixa de funcionar como um mecanismo de defesa. Só deve diminuir a febre apenas quando chegar aos 39ºC ou antes se a criança estiver prostada. (2)
Medidas a serem tomadas:
  • Trocar a roupa por uma mais leve, retirar cobertores e mantas;
  • Local arejado, com uma pequena entrada de ar fresco;
  • Beber líquidos, para evitar desidratação, como água, chá, leite ou sumos naturais;
  • Banho de água morna durante 10 a 20 minutos, nunca de água fria, nunca passar álcool sobre o corpo da criança;
  • Dar antipirético como o paracetamol (Panasorbe®, Ben-u-ron®) ou ibuprofeno (Brufen®). Siga as instruções de posologia da embalagem, respeiranto as doses recomendadas para o peso e o intervalo mínimo entre cada administração de medicamento e a medida de temperatura antes da toma deste. Nunca exceda as doses, pois pode dar origem a intoxicações.

Quando acontecem as convulsões febris?

Normalmente, ocorrem quando o aumento da temperatura corporal é brusco. Há crianças com predisposição genética a fazer convulsões. Nestes casos, a convulsão pode ocorrer mesmo quando a temperatura não está muito elevada. Entre os 3 meses e os 3 anos de idade, 3 a 5% das crianças podem apresentar convulsões febris. A partir dessa idade, as convulsões febris são escassas.

Durante as crises convulsivas, a criança pode:

  • perder a consciência;
  • ter movimentos anormais;
  • ficar rígido;
  • espumar pela boca;
  • revirar os olhos.

O que fazer?

Manter a criança deitada e não impedir os seus movimentos, não colocar qualquer objecto na boca e dirigir-se ao serviço de urgência ou contactar o seu médico.

Tosse


A tosse também é um mecanismo de defesa, uma forma do organismo se defender e expulsar as secreções. Assim, nunca deve dar xaropes para a tosse (Antitússicos) sem indicação médica, se o fizer pode estar a piorar o problema.

Para tratar a tosse, o melhor é fluidificar as secreções, através de nebulizações, “vapores”, só com soro se tiver o aparelho, se não simplesmente respirar os “vapores quentes” da casa de banho.

Não deve fazer nebulizações sempre que a criança tem tosse, consulte o seu médico para saber quando deve usar, porque em casos de alergias não o deve fazer. A tosse também pode ser provocada por alergias, sendo uma tosse seca e irritativa, sem secreções.

Medidas Preventivas:

  • Ensinar a criança a assoar-se e não a fungar, mesmo crianças pequenas podem e devem saber expulsar a secreções nasais;
  • Não manter a criança fechada dias inteiros por causa do frio, pode e deve apanhar ar e brincar na rua, desde que bem agasalhada;
  • Arejar a casa;
  • Evitar alcatifas e o quarto cheio de almofadas e peluches.

SITUAÇÕES EM QUE DEVE CONTACTAR O SEU MÉDICO OU LIGAR PARA O SAÚDE 24 (808 24 24 24):

  • febre há mais de três dias ;
  • febre muito alta e constante;
  • falta de ar;
  • respiração em esforço;
  • prostração;
  • tosse muito intensa;
  • se a criança tem menos de 6 meses, mesmo que os sintomas pareçam ligeiros.

Fonte:

(1) http://www.portalis.co.pt/o-que-e-a-febre/

(2) http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1018263&div_id=3653

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Varicela nas crianças

A varicela é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, atingindo preferencialmente crianças entre os 2 e os 10 anos, podendo, contudo, surgir em pessoas susceptíveis (não imunes) de qualquer idade.

Ocorre predominantemente no fim do Inverno ou início da Primavera, sendo frequente o aparecimento de surtos.


Transmissão:

A transmissão pode fazer-se de duas formas: por contacto directo com as lesões cutâneas ou indirectamente, através do ar contaminado com secreções respiratórias (espirros, tosse, gotículas de saliva) de indivíduos infectados.

O risco de transmissão começa cerca de dois dias antes do aparecimento das lesões cutâneas e só termina quando todas as lesões se encontram em fase de crosta.

Assim, se o seu filho contrair varicela, só deverá permitir que volte ao infantário quando todas as lesões estiverem "secas". O risco é mais elevado em situações de contacto íntimo ou de permanência em ambientes fechados (creches, salas de aula, salas de espera de consultórios, enfermarias...).

O período de incubação, isto é, o tempo entre o contacto com a pessoa infectada e o aparecimento da doença, pode ir de 10 a 21 dias.

Embora em alguns indivíduos a doença possa manifestar-se de forma muito discreta, passando por vezes mesmo despercebida, não deixa de ser igualmente transmissível. Além disso, como o período de contágio começa antes do aparecimento das lesões, a transmissão pode ocorrer através de uma pessoa aparentemente saudável que só posteriormente desenvolveu a doença.

Por vezes, os pais têm tendência a afastar os seus filhos do contacto com outras crianças com varicela. A verdade é que, tratando-se de crianças saudáveis, o melhor será mesmo permitir o contágio. Regra geral, é sempre preferível que tenham a doença ainda na infância. Assim ficarão protegidos, não correndo o risco de contrair a doença na adolescência ou idade adulta, altura em que as complicações são mais frequentes e, habitualmente, mais graves.


Sintomas:

A febre baixa é frequentemente o primeiro sintoma de varicela, podendo associar-se a dor de cabeça, dor de garganta, dor de barriga, cansaço e diminuição do apetite.
Cerca de dois dias depois aparecem pequenas manchas vermelhas, normalmente na face, tronco e couro cabeludo, que podem espalhar-se para o resto do corpo.
Provocam muita comichão e transformam-se rapidamente (em poucas horas) em "bolhinhas" cheias de líquido.
Estas bolhas vão-se rompendo e secando, formando crostas em alguns dias (1-3 dias).
À medida que se vão formando crostas, novas manchinhas aparecem, de modo que, numa mesma área de pele, podem encontrar-se manchas, bolhas e e crostas. Habitualmente só deixam de aparecer novas lesões ao fim de 5 dias.


Tratamento:

Regra geral, o tratamento da varicela é sintomático, de modo a minimizar os sintomas e desconforto dela decorrentes.
Um banho de água morna, com óleo emoliente, pode proporcionar algum alívio, mas tenha sempre o cuidado de secar sem esfregar. Não aplique pomadas nem talco. As lesões infectadas devem ser desinfectadas.
É também essencial cortar as unhas. Não se esqueça que as lesões "agredidas" têm maior probabilidade de infectar e, consequentemente, deixar cicatrizes.

O paracetamol pode ser utilizado quer para baixar a febre, quer para aliviar o desconforto, especialmente nos primeiros dias.
Mas, cuidado: nunca deve dar ácido acetilsalicílico ou derivados (como Aspirina®, Aspegic®) a crianças com varicela. A sua utilização pode conduzir ao desenvolvimento de uma reacção grave - a síndrome de Reye.
Pode também associar-se um anti-histamínico para aliviar a comichão.

Se tiver alguma dúvida contacte o seu médico ou enfermeiro.