sábado, 12 de dezembro de 2009

GRIPE A (H1N1)

1. O que é o novo vírus da Gripe A(H1N1)v?

O novo vírus da Gripe A(H1N1)v, que apareceu recentemente, é um novo subtipo de vírus que afecta os seres humanos. Este novo subtipo contém genes das variantes humana, aviária e suína do vírus da gripe e apresenta uma combinação nunca antes observada em todo o Mundo. Em contraste com o vírus típico da gripe suína, este novo vírus da Gripe A(H1N1)v é transmissível entre os seres humanos.

2. Quais os sintomas da doença pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v?

Os sintomas de infecção pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v nos seres humanos são normalmente semelhantes aos provocados pela gripe sazonal:
•Febre (manifesta-se subitamente, com valores de temperatura acima dos 38 graus)
•Tosse
•Congestão nasal
•Dor de garganta
•Dores musculares
•Dor de cabeça
•Calafrios
•Fadiga
•Vómitos e/ou diarreia (geralmente não se manifestam na gripe sazonal)

Em alguns casos, podem surgir complicações graves em pessoas saudáveis que tenham contraído a infecção.

3. Como se infectam as pessoas com o novo vírus da Gripe A(H1N1)v?

O modo de transmissão do novo vírus da Gripe A(H1N1)v é idêntico ao da gripe sazonal. O vírus transmite-se de pessoa para pessoa através de gotículas libertadas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Os contactos mais próximos (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada podem representar, por isso, uma situação de risco.
O contágio pode também verificar-se indirectamente quando há contacto com gotículas ou outras secreções do nariz e da garganta de uma pessoa infectada - por exemplo, através do contacto com maçanetas das portas, superfícies de utilização pública, etc.
Os estudos demonstram que o vírus da gripe pode sobreviver durante várias horas (2 a 8 horas)nas superfícies e, por isso, é importante mantê-las limpas, utilizando os produtos domésticos habituais de limpeza e desinfecção.

4. Qual é o período de incubação da doença?

O período de incubação da Gripe A(H1N1)v, ou seja, o tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas, pode variar entre 1 e 7dias.

5. Durante quanto tempo uma pessoa infectada pode transmitir o vírus a outras?

Os doentes podem infectar (contagiar) outras pessoas por um período até 7 dias, a que se chama período de transmissibilidade. É prudente, contudo, considerar que um doente mantém a capacidade de infectar outras pessoas durante todo o tempo em que manifestar sintomas.

6. A doença pelo novo vírus da Gripe A(H1N1)v pode ser tratada?

O novo vírus da gripe é sensível aos medicamentos antivirais oseltamivir e zanamivir.

7. Qual a melhor forma de evitar a disseminação do vírus, no caso de estar doente?

•Limite o contacto com outras pessoas, tanto quanto possível
•Mantenha-se em casa durante sete dias, ou até que os sintomas desapareçam, caso estes perdurem.
•Cubra a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, usando um lenço de papel. Nunca com as mãos!
•Utilize lenços de papel uma única vez e coloque-os de imediato no lixo.
•Lave frequentemente as mãos com água e sabão, em especial após tossir ou espirrar.
•Pode usar toalhetes descartáveis com soluções alcoólicas.

8. Qual é a melhor técnica de lavagem das mãos?

Lavar as mãos frequentemente ajuda a evitar o contágio por vírus da gripe e por outros germes. Recomenda-se que use sabão e água, pelo menos durante 20 segundos. Quando tal não for possível, podem ser usados toalhetes descartáveis, soluções e gel de base alcoólica, que se adquirem nas farmácias e nos supermercados. Se utilizar um gel, esfregue as mãos até secarem e não use água.

9. Existe alguma vacina contra o vírus da Gripe A(H1N1)v?

Já existe uma vacina que protege as pessoas contra o vírus da Gripe A(H1N1)v, mas neste momento está disponivel apenas para grupos prioritários/ doentes de risco.

10. Estamos perante uma nova pandemia de gripe?

Uma pandemia de gripe é uma epidemia à escala mundial, provocada por um novo vírus da gripe que infecta uma grande parte da população. No século XX, houve três pandemias deste tipo: em 1918, 1957 e 1968. Em Portugal e nos outros países da Europa foram desenvolvidos, nos anos mais recentes, esforços consideráveis de preparação para uma pandemia, sendo que todos os Estados Membros da União Europeia têm planos de contingência nacionais.
Em 11 de Junho de 2009, a Organização Mundial de Saúde elevou para 6 o nível de alerta de pandemia. Esta alteração da Fase 5 para Fase 6 não está relacionada com o aumento da gravidade clínica da doença, mas sim com o crescimento do número de casos de doença e com a sua dispersão a nível mundial.

Fonte:
http://www.portaldasaude.pt/portal

domingo, 12 de julho de 2009

Acidente Vascular Cerebral

O Acidente vascular cerebral (AVC), denominado vulgarmente de “derrame cerebral”, é caracterizado pela perda rápida da função neurológica, provocado por um entupimento ou rompimento dos vasos cerebrais.

Como prevenir a primeira vez

O importante é ter um estilo de vida saudável:

- com exercício físico regular;
- uma alimentação equilibrada, com pouco sal, açúcares e gorduras saturadas;
- manter um peso adequado;
- consumir álcool apenas de forma ligeira;
- não fumar

Procurar o seu enfermeiro e médico de família para vigiar e controlar regularmente:

- Tensão arterial;
- Diabetes;
- Colesterol;
- Ritmo cardíaco, com a realização de electrocardiograma


Principais Sintomas que precedem o AVC


- Dor de cabeça intensa e súbita sem causa aparente
- Dormência nos braços e nas pernas
- Dificuldade de falar e perda de equilíbrio
- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna do lado esquerdo ou direito do corpo
- Sensação de formigueiro na face, braço ou perna de um lado do corpo
- Perda súbita de visão em um olho ou nos dois
- Dificuldade de falar ou compreender a linguagem
- Vertigens associado a vontade de vomitar ou vómitos

O que fazer?

Se um familiar ou amigo sofrer um AVC fica com:

- Boca ao lado,
- menos força num braço,
- dificuldade em falar ou ver para um dos lados

Deite-o de lado, certifique-se que respire bem e ligue imediatamente para os Bombeiros ou 112.


Reabilitação

Após o AVC ocorrer há um árduo trabalho de reabilitação que inclui a parte motora (fisioterapia), terapia da fala, terapia ocupacional, de forma a voltar a ter uma vida como a que tinha antes do AVC.
O doente com AVC não pode ficar numa cama ou numa cadeira. Antes pelo contrário, deve ser estimulado para reintegrar a vida familiar, social e profissional, ainda que com limitações. De forma a adaptar-se, pode ser necessário, por exemplo, adaptar a casa de banho; mudar o quarto de dormir para um piso sem escadas, de fácil acesso; passar a usar calçado que aperte com velcro, em vez de cordões; vestir calças com elástico na cintura, em vez de fecho; vestir camisas com molas, em vez de botões.


Como prevenir a recorrência

- Seguir os cuidados acima referidos
- Tomar a medicação conforme prescrita pelo seu médico

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mês de Maio - Mês do Coração

Factores de risco cardiovascular

Existem dois tipos de factores de risco cardiovascular, nomeadamente um conjunto de factores individuais sobre os quais se pode influir e modificar e um conjunto de factores não-modificáveis, que também podem contribuir significativamente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Entre os principais factores individuais de risco cardiovascular, encontram-se:
- tabaco
- sedentarismo
- stress
- obesidade e excesso de peso
- hipertensão arterial
- colesterol elevado
- síndrome metabólica

Existem contudo outros factores, fora do alcance da pessoa, que contribuem significativamente para um maior risco cardiovascular. Entre os factores não-modificáveis, encontram-se a idade avançada, o género masculino ou a história familiar. A combinação de parte destes factores de risco tem um efeito exponencial sobre o risco cardiovascular.

Dos factores de risco à doença cardiovascular:

A longo prazo, a acção dos factores de risco cardiovasculares pode resultar em aterosclerose – um processo de transformações patológicas na parte interior dos vasos sanguíneos que diminui drasticamente o seu diâmetro interno. A aterosclerose pode manifestar-se de diversas formas e pode inclusivamente afectar as artérias e veias em diferentes partes do corpo (seja no coração, cérebro, rins ou pernas, e mesmo nas válvulas cardíacas).
Pode levar anos ou décadas, até que a aterosclerose seja detectável em resultados clínicos. Daí a importância em reconhecer os factores de risco cedo, para que se possa agir sobre os mesmos em tempo útil. Minimizá-los pode prevenir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Pé Diabético e seus cuidados

O açúcar elevado no sangue (hiperglicemia) pode afectar os nervos dos pés e os vasos que levam o sangue para os pés.
Consequentemente, a lesão dos nervos provoca uma perda lenta da sensação de posição, de pressão, de dor e de temperatura e a pele torna-se mais seca, sem transpiração, mais grossa e sujeita ao aparecimento de fissuras.
E assim, pode aparecer uma ferida sem que a pessoa se aperceba, porque não dói.
Andando sobre ela, pode levar a consequências desastrosas.
Os vasos que levam o sangue para os pés ao estarem afectados pela hiperglicemia provocam dor nas pernas ou nos pés durante a marcha e os pés apresentam-se frios, pálidos, com a má circulação.
As feridas que aparecem nos pés, sem sensibilidade e com circulação de sangue deficiente (pés diabéticos) infectam facilmente e são difíceis de tratar.


Os Cuidados do Pé Diabético


1. Observe diariamente os seus pés e a planta, o calcanhar e os espaços entre os dedos e veja se encontra diferenças de cor de pele, bolhas, fissuras, calosidades e inchaços. Se não lhe é possível fazê-lo, por dificuldade na posição, use um espelho e se tem dificuldade de visão peça auxílio a outra pessoa.


2. Lave os pés todos os dias, durante 2 ou 3 minutos, usando sabonete neutro e água tépida (verifique sempre a temperatura da água) e não os “ponha de molho”. Seque-os muito bem, em particular nas zonas entre os dedos. Aplique um creme hidratante na planta e no dorso, (não entre os dedos), massajando bem.


3. Use uma lima de cartão para desgastar as unhas, movimentando-a em linha recta de um lado para o outro.


4. Use sempre sapatos com meias, mesmo no Verão.


5. Use meias de fibras naturais, como a lã ou o algodão, sem costuras e que não apertem demasiados as pernas.


6. Não ande descalço, de forma a diminuir o risco de lesões.


7. Não aqueça os pés com bolsas de água quente, nem aproxime os pés de aquecedores, lareiras ou outras fontes de calor.


8. Antes de calçar os sapatos, verifique com a mão, se não há qualquer objecto dentro deles.


9. Use sapatos confortáveis, adaptados ao seu pé, de forma que não haja zonas apertadas ou em que se exerça pressão excessiva. Os sapatos fechados protegem mais os pés, quer de “batidas” quer de pedras ou areias.


10. Não use calicidas, álcool, iodo ou produtos irritantes para cuidar dos pés.


11. Nas calosiadades pode usar pedra pomes de forma suave, mas não use limas, lixas ou objectos de corte, que possam irritar a pele.


12. Não fume, o cigarro prejudica a circulação sanguínea.


13. Consulte um Podologista regularmente de forma a prevenir qualquer tipo de alteração patológica.

E porque nunca é demais lembrar...
A pele dos diabéticos necessita de atenção redobrada.
A prevenção é o melhor tratamento, especialmente se é diabético.


Fonte:

SMELTZER, Suzanne; BARE, Brenda G. – Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9ª ed., vol.2. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002.

sábado, 18 de abril de 2009

Dia Mundial da Saúde

No passado dia 7 de Abril, foi o Dia Mundial da Saúde.

Deste modo, achei importante salientar o tema escolhido este ano pela O.M.S. (Organização Mundial de Saúde) para as comemorações deste dia: “Salvar vidas - Hospitais seguros em situações de emergência”, bem como o facto de se comemorarem 30 anos do Serviço Nacional de Saúde Português.

Deixo aqui um link para 'reflexão':
http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/discursos+e+intervencoes/dia+saude.htm

Haja Saúde!!

domingo, 8 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

LINHAS DE APOIO À MULHER VÍTIMA:

SOS MULHER
808 200 175 (Linha Azul)

INFORMAÇÃO MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA
800 202 148

SOLIDARIEDADE À MULHER
808 202 710

SOS MULHER – Açores:

Angra do Heroísmo – 295 217 860

Ponta Delgada – 296 283 221

A Diabetes tipo 2 é uma doença séria e progressiva!

Consulte o seu médico se…

…tiver muitas cãibras
…tiver muita comichão
…perder muito peso
…tiver muita sede
…sentir muito cansaço
…urinar muitas vezes
…vê cada vez menos

Evite as complicações tardias da diabetes, tais como…

…cegueira
…enfarte do miocárdio
…amputação
…insensibilidade
…trombose
…hemodiálise


Para mais informações:
Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (www.spedm.org / mail.geral@spedm.org)
Sociedade Portuguesa de Diabetologia (www.spd.pt / spd@diabetes.com.pt)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A Segurança do seu Bebé

Os acidentes com crianças podem ser evitados... e quem os pode evitar são os adultos: somos Nós!”

APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil), 2003



COMO PREVENIR:



Acidentes Rodoviários



  • Deve evitar transportar o bebé sobre o banco do carro ou no colo;

  • Manter o bebé na cadeira de transporte, afastado de um carro estacionado;

  • Transportar o bebé em cadeira homologada, virada para trás. Se transportada no banco da frente, desactivar o airbag.


Asfixia

  • A chupeta deve ser de uma só peça e não deve estar presa com um fio à volta do pescoço;

  • Durante o banho, deve estar sempre ao lado do bebé;

  • Evitar alimentar o bebé com doces duros, nozes, alimentos com caroços ou sementes;

  • Evitar colocar almofadas, brinquedos, laços ou fitas no berço do bebé;

  • Evitar dormir na cama com o bebé;

  • Manter objectos pequenos (diâmetro inferior a uma moeda de 2 euros) fora do alcance do bebé;

  • Manter sacos de plástico fora do alcance do bebé;

  • Retirar o biberão e babete na hora de dormir;

  • Utilizar colchão duro, resguardos próprios e não entalar a roupa debaixo do colchão.


Intoxicação

  • Certificar-se que a tinta dos móveis ou dos brinquedos não contêm chumbo;

  • Colocar as substâncias tóxicas numa prateleira alta ou armário fechado;
  • Não guardar substâncias tóxicas em recipientes de alimentos;
  • Rejeitar recipientes usados de sustâncias venenosas ou tóxicas.




Lesão Corporal



  • Evitar brinquedos que tenham partes pontiagudas. Opte por brinquedos com bordas lisas e arredondadas. Verifique regularmente o estado de conservação dos brinquedos;
  • Manter alfinetes de ama fechados e longe do bebé;
  • Manter o berço posicionado longe de outros móveis e janelas;
  • Proteger o bebé de animais;
  • Proteger os cantos dos móveis e afastar objectos grandes (jarrões, candeeiros) que podem cair sobre o bebé;
  • Utilizar chávenas e pratos de plástico. Optar por colher em vez de um garfo.






Quedas


  • Evitar utilizar o voador;
  • Manter as grades do berço totalmente elevadas (altura das grades nunca inferior a 60 cm);
  • No carrinho de passeio prenda sempre o bebé com o cinto e trave o carrinho quando este estiver parado;
  • Nunca deixe a criança sozinha numa superfície alta (cama, mesa, sofá). Em caso de necessidade deixá-la no chão;
  • Se tem escadas, deve colocar cancelas no primeiro e no último degrau.



Queimaduras
  • Manter o bebé afastado de fontes de calor como lareira, fogão, aquecedor;

  • Não deixar o bebé fechado num carro, mesmo à sombra;
  • Não manipular líquidos/alimentos/objectos quentes próximo do bebé;
  • Proteger o bebé da exposição solar;
  • Proteger tomadas eléctricas com tampas de plástico;
  • Verificar a temperatura da água do banho com termómetro, dorso da mão ou cotovelo;
  • Verificar a temperatura do leite no pulso (depois de aquecido no microondas o biberão pode estar morno e o leite a ferver );
  • Verificar o calor da cadeira de transporte antes de sentar o bebé.




    Para manter um AMBIENTE SEGURO, não é preciso complicar nem gastar muito dinheiro.
    Se respeitar algumas REGRAS SIMPLES consegue evitar a maior parte dos acidentes com o seu Bebé.

Não se esqueça!
É importante respeitar a liberdade de movimentos do seu Bebé, para que este tenha um desenvolvimento psicomotor saudável.





Contactos SOS


  • Centro de Informação Antivenenos (Centro de Intoxicações): 808 250 143

  • Saúde 24 / Dói-dói, trim-trim: 808 242 400

  • APSI: 218 870 161

  • SOS - Criança: 800 202 651 - 217 931 617

Fonte:
Associação para a Promoção da Segurança Infantil, 2003. http:// www.apsi.org.pt

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Febre e Tosse nas Crianças

Febre
A temperatura corporal normal varia entre os 36ºC e 37ºC, a febre é um aumento da temperatura corporal superior a 37, 5ºC e pode ser uma reacção do organismo contra uma infecção. Maioritariamente, a febre é um sintoma de infecções com origem viral (1).
A febre é um mecanismo corporal para combater as infecções. Assim, se a baixar mal comece a subir, deixa de funcionar como um mecanismo de defesa. Só deve diminuir a febre apenas quando chegar aos 39ºC ou antes se a criança estiver prostada. (2)
Medidas a serem tomadas:
  • Trocar a roupa por uma mais leve, retirar cobertores e mantas;
  • Local arejado, com uma pequena entrada de ar fresco;
  • Beber líquidos, para evitar desidratação, como água, chá, leite ou sumos naturais;
  • Banho de água morna durante 10 a 20 minutos, nunca de água fria, nunca passar álcool sobre o corpo da criança;
  • Dar antipirético como o paracetamol (Panasorbe®, Ben-u-ron®) ou ibuprofeno (Brufen®). Siga as instruções de posologia da embalagem, respeiranto as doses recomendadas para o peso e o intervalo mínimo entre cada administração de medicamento e a medida de temperatura antes da toma deste. Nunca exceda as doses, pois pode dar origem a intoxicações.

Quando acontecem as convulsões febris?

Normalmente, ocorrem quando o aumento da temperatura corporal é brusco. Há crianças com predisposição genética a fazer convulsões. Nestes casos, a convulsão pode ocorrer mesmo quando a temperatura não está muito elevada. Entre os 3 meses e os 3 anos de idade, 3 a 5% das crianças podem apresentar convulsões febris. A partir dessa idade, as convulsões febris são escassas.

Durante as crises convulsivas, a criança pode:

  • perder a consciência;
  • ter movimentos anormais;
  • ficar rígido;
  • espumar pela boca;
  • revirar os olhos.

O que fazer?

Manter a criança deitada e não impedir os seus movimentos, não colocar qualquer objecto na boca e dirigir-se ao serviço de urgência ou contactar o seu médico.

Tosse


A tosse também é um mecanismo de defesa, uma forma do organismo se defender e expulsar as secreções. Assim, nunca deve dar xaropes para a tosse (Antitússicos) sem indicação médica, se o fizer pode estar a piorar o problema.

Para tratar a tosse, o melhor é fluidificar as secreções, através de nebulizações, “vapores”, só com soro se tiver o aparelho, se não simplesmente respirar os “vapores quentes” da casa de banho.

Não deve fazer nebulizações sempre que a criança tem tosse, consulte o seu médico para saber quando deve usar, porque em casos de alergias não o deve fazer. A tosse também pode ser provocada por alergias, sendo uma tosse seca e irritativa, sem secreções.

Medidas Preventivas:

  • Ensinar a criança a assoar-se e não a fungar, mesmo crianças pequenas podem e devem saber expulsar a secreções nasais;
  • Não manter a criança fechada dias inteiros por causa do frio, pode e deve apanhar ar e brincar na rua, desde que bem agasalhada;
  • Arejar a casa;
  • Evitar alcatifas e o quarto cheio de almofadas e peluches.

SITUAÇÕES EM QUE DEVE CONTACTAR O SEU MÉDICO OU LIGAR PARA O SAÚDE 24 (808 24 24 24):

  • febre há mais de três dias ;
  • febre muito alta e constante;
  • falta de ar;
  • respiração em esforço;
  • prostração;
  • tosse muito intensa;
  • se a criança tem menos de 6 meses, mesmo que os sintomas pareçam ligeiros.

Fonte:

(1) http://www.portalis.co.pt/o-que-e-a-febre/

(2) http://www.mae.iol.pt/artigo.php?id=1018263&div_id=3653

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Varicela nas crianças

A varicela é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, atingindo preferencialmente crianças entre os 2 e os 10 anos, podendo, contudo, surgir em pessoas susceptíveis (não imunes) de qualquer idade.

Ocorre predominantemente no fim do Inverno ou início da Primavera, sendo frequente o aparecimento de surtos.


Transmissão:

A transmissão pode fazer-se de duas formas: por contacto directo com as lesões cutâneas ou indirectamente, através do ar contaminado com secreções respiratórias (espirros, tosse, gotículas de saliva) de indivíduos infectados.

O risco de transmissão começa cerca de dois dias antes do aparecimento das lesões cutâneas e só termina quando todas as lesões se encontram em fase de crosta.

Assim, se o seu filho contrair varicela, só deverá permitir que volte ao infantário quando todas as lesões estiverem "secas". O risco é mais elevado em situações de contacto íntimo ou de permanência em ambientes fechados (creches, salas de aula, salas de espera de consultórios, enfermarias...).

O período de incubação, isto é, o tempo entre o contacto com a pessoa infectada e o aparecimento da doença, pode ir de 10 a 21 dias.

Embora em alguns indivíduos a doença possa manifestar-se de forma muito discreta, passando por vezes mesmo despercebida, não deixa de ser igualmente transmissível. Além disso, como o período de contágio começa antes do aparecimento das lesões, a transmissão pode ocorrer através de uma pessoa aparentemente saudável que só posteriormente desenvolveu a doença.

Por vezes, os pais têm tendência a afastar os seus filhos do contacto com outras crianças com varicela. A verdade é que, tratando-se de crianças saudáveis, o melhor será mesmo permitir o contágio. Regra geral, é sempre preferível que tenham a doença ainda na infância. Assim ficarão protegidos, não correndo o risco de contrair a doença na adolescência ou idade adulta, altura em que as complicações são mais frequentes e, habitualmente, mais graves.


Sintomas:

A febre baixa é frequentemente o primeiro sintoma de varicela, podendo associar-se a dor de cabeça, dor de garganta, dor de barriga, cansaço e diminuição do apetite.
Cerca de dois dias depois aparecem pequenas manchas vermelhas, normalmente na face, tronco e couro cabeludo, que podem espalhar-se para o resto do corpo.
Provocam muita comichão e transformam-se rapidamente (em poucas horas) em "bolhinhas" cheias de líquido.
Estas bolhas vão-se rompendo e secando, formando crostas em alguns dias (1-3 dias).
À medida que se vão formando crostas, novas manchinhas aparecem, de modo que, numa mesma área de pele, podem encontrar-se manchas, bolhas e e crostas. Habitualmente só deixam de aparecer novas lesões ao fim de 5 dias.


Tratamento:

Regra geral, o tratamento da varicela é sintomático, de modo a minimizar os sintomas e desconforto dela decorrentes.
Um banho de água morna, com óleo emoliente, pode proporcionar algum alívio, mas tenha sempre o cuidado de secar sem esfregar. Não aplique pomadas nem talco. As lesões infectadas devem ser desinfectadas.
É também essencial cortar as unhas. Não se esqueça que as lesões "agredidas" têm maior probabilidade de infectar e, consequentemente, deixar cicatrizes.

O paracetamol pode ser utilizado quer para baixar a febre, quer para aliviar o desconforto, especialmente nos primeiros dias.
Mas, cuidado: nunca deve dar ácido acetilsalicílico ou derivados (como Aspirina®, Aspegic®) a crianças com varicela. A sua utilização pode conduzir ao desenvolvimento de uma reacção grave - a síndrome de Reye.
Pode também associar-se um anti-histamínico para aliviar a comichão.

Se tiver alguma dúvida contacte o seu médico ou enfermeiro.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os primeiros dentes do bebé...

A saída do primeiro dente, é sempre um grande acontecimento e costuma-se considerar um momento importante no crescimento e desenvolvimento do bebé.
A verdade, é que não existe um período determinado para o aparecimento do primeiro dente, nem dos seguintes. Em geral, os primeiros dentes aparecem por volta do 6º ao 8º mês, mas toda a dentição vai-se completando em prazos diferentes e, não se pode generalizar.

Em alguns casos, a criança pode nascer já com um ou dois dentes; em outros casos, a saída do primeiro dente, pode apenas acontecer por volta do ano de vida. Esta variação é completamente normal e não deve preocupar-nos. A causa de um atraso da sua aparição, não se pode atribuir à alimentação ou a uma carência de cálcio ou de vitaminas, como muitas vezes se pensa, mas sim apenas a factores de carácter genético. Apenas em alguns casos, que são muito evidentes, se pode dever a algum tipo de doença específica.

Em que ordem saem os dentes?

A ordem em que saem os diferentes dentes é quase sempre a mesma. Os primeiros a saírem são os incisivos centrais inferiores, logo seguidos dos seus correspondentes superiores. Posteriormente, é a vez dos incisivos laterais, superiores e inferiores. Após algum tempo, geralmente, entre os 14 e os 20 meses, saem os pré molares, tanto superiores como inferiores, seguidos dos dentes caninos. Só a partir dos dois anos e meio, começam a despontar os últimos molares, tanto superiores como inferiores. Por volta dos três anos, a dentição temporária, também chamada de leite, já estará completa.